
Publicada em 11/06/2025 às 11h46
Porto Velho, RO – Em mais um pronunciamento político-ideogico na tribuna da Câmara Municipal, ao estilo "nós contra eles", a vereadora bolsonarista Sofia Andrade (PL) atacou a criação de 11 reservas ambientais em Rondônia durante a gestão do ex-governador Confúcio Moura (MDB), atualmente senador da República, classificando os atos como responsáveis por travar o desenvolvimento do estado e prejudicar diretamente famílias que vivem da produção agrícola e pecuária em áreas atualmente embargadas.
De acordo com Sofia, os decretos que instituíram as reservas foram editados sem audiências públicas, sem ouvir a população local e sem estudos de impacto socioeconômico. “Como que pode um assunto tão sério que mexe com o desenvolvimento do nosso estado ter sido feito por decreto">
Durante o discurso, a vereadora também confrontou o ex-governador por seu posicionamento político e ideológico. “É aqui, dentro de Rondônia, que o esquerdista não se cria mais na política”, declarou. Ela associou o que chamou de “agenda ambientalista” ao que vê como entraves ao progresso regional: “Essa agenda defendida por pessoas igual o senhor Confúcio Moura… fez um comentário me perguntando na rede social o que o presidente Bolsonaro fez para o estado de Rondônia. Não roubou!”, disse, em menção direta ao ex-governador.
Sofia argumentou ainda que, por conta das restrições ambientais impostas pelas reservas, há produtores rurais ando fome por não conseguirem vender o que plantam ou transportar seus animais. “Não conseguem tirar um GTA do seu animal, não têm estrada com manutenção por causa dessas reservas”, reclamou.
A vereadora declarou apoio à manifestação pacífica ocorrida na entrada do município de Cujubim, organizada por moradores e produtores afetados. Segundo ela, a mobilização busca reverter os decretos e permitir o que chama de liberdade econômica no campo.
“Você explorar as suas riquezas naturais em prol do desenvolvimento. É isso que tem que acontecer. A Europa faz isso e vem aqui dentro do Brasil levar as nossas riquezas. Mas o nosso povo não pode explorar a sua própria riqueza”, afirmou, fazendo críticas ao que considera interferência ideológica na gestão de áreas produtivas.
Ao final, ela reafirmou que continuará apoiando mobilizações contrárias às medidas adotadas por governos que, em sua avaliação, desconsideram as realidades do campo e impedem o crescimento do estado: “Quero deixar aqui o meu apoio a esses trabalhadores que hoje estão se manifestando em prol do desenvolvimento e da liberdade econômica.”